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Velho oeste inesquecível!

O elenco revela para você qual foi o momento mais marcante da novela

Após oito meses de ação, aventura, suspense, romance e muito humor, o velho oeste mais famoso da televisão brasileira está chegando ao seu final. E, claro, já está deixando saudades em nossos corações! Imagina só como deve estar o coração do elenco? No mínimo, emocionado, afinal, tudo que nos fez vibrar em frente à telinha durante esse tempão, eles viveram na pele. Para essa galera, não faltaram momentos marcantes e cenas inesquecíveis na novela...
Tá ficando curioso? Então confira o que eles têm para contar!

Guilherme Fontes
"Dezenas de cenas me marcaram. Mas as cenas que eu mais gostei foram todas as que o Jeff mijava nas calças e corria atrás de dinheiro, delirando por dólares. A ida dele ao Chile foi o máximo. A gente fugindo dos bandidos de carruagem pelo deserto foi uma sensação fantástica, faroeste total. Enfim, o Jeff me marcou muito, porque ele está entre os personagens que mais gostei de fazer. Nunca mais vou esquecê-lo!"

 

 

 

 

 

 

Carol Castro
"Os melhores momentos foram aqueles quando o elenco estava todo reunido, pois só saía bobagem, e isso era muito bom. Teve um que foi contraditório. Na gravação da cena do velório do meu pai na trama, enquanto eu chorava de emoção, o Evandro Mesquita e o Kadu Moliterno, ficavam fazendo palhaçada e falando do meu decote, que era da cena mesmo. Então, teve uma hora que eu tive que me esconder atrás da Angelina, porque eu estava rindo e chorando ao mesmo tempo. Parecia que eu estava soluçando, mas na verdade eu estava rindo."

 

 

Marisa Orth
"Inesquecível para mim é a família McGold. Eu amei ser filha da Joana Fomm, mulher do Ney Latorraca, mãe da Alinne Moraes e tia da Fernanda de Freitas, na trama. Agora, o melhor momento foi quando a Úrsula tomou a poção Banho de Afrodite, ficou malucona sexual e se jogou dentro de uma tina de água com o Áquarius. Eu e o Ney quase nos afogamos. Foi muito engraçado!"


 

 

Alinne Moraes
"O que não vou esquecer são as cenas com a Marisa, com o Ney, com a Joana, com a Fernandinha de Freitas, com a família inteira na verdade. Eu sempre me divertia muito com a Marisa e com o Ney, em especial. Eles são muito engraçados. O Ney, principalmente. Teve uma cena em que o Áquarius tinha que fazer várias experiências com um rato branco e ele morre de medo de animais pequenos. Então, o Ney disse que só ia pegá-lo na hora de gravar. Na hora de pegar o ratinho, não sei se ele apertou demais, mas o rato realmente mordeu o dedo dele. O Ney virou uma criança, sentou e todo mundo correu para ajudá-lo. Eu não sabia se ria, se chorava, se o acudia, enfim, o que eu fazia. Essas coisas que acontecem são boas!"

 

 

 

Tati Monteiro
"Sem dúvida nenhuma, o meu momento inesquecível foi quando a Elga ficou verde na trama e eu na vida para interpretá-la. “Shrecka” total! Amei ser Fiona por uma semana inteira e a mudança não foi só na cor de pele, na aparência. Eu criei uma Elga meio shrecka mesmo, meio nervosa, meio ogra. Adorei, foi inesquecível!"


 

 


 

 

 

 

Cássio Nascimento
"O que me marcou bastante foi a cena do duelo entre o Tarcísio Meira e o Jesse Valadão no primeiro capítulo, pois eu estava estreando na novela e na TV. Foi emocionante cobrir esse duelo como o jornalista Charles!"

No lugar de Diana, o que você faria?

 

 

A vida é feita de escolhas e isso nem sempre é uma tarefa fácil. Diana que o diga! A filha de Paul Bullock teve que decidir entre cumprir seu dever de cidadã e entregar seu próprio pai à Justiça ou fazer vista grossa e acobertar os crimes por ele cometidos ao longo da vida. Difícil decisão... Afinal, pai é pai, não é mesmo? A personagem de Fernanda Lima escolheu a primeira opção e contou tudo o que sabia para o advogado. Mas, será que o elenco da novela concorda com a atitude dela? E mais: será que os atores fariam o mesmo se estivessem em seu lugar? Giulia Gam, Rodrigo Lombardi, Julia Sabugosa e Roumer Canhães respondem abaixo.

   

Giulia Gam, a Vegas Locomotiv

 

 

“É uma relação difícil quando você mistura seu dever de cidadão com laços familiares. Eu acho que a Diana teve coragem de denunciar Paul Bullock, porque se sentiu traída. Afinal, ela nunca teve consciência da gravidade das atitudes do pai, ele sempre a enganou e isso também a motivaria, além do amor que ela sente por Ben Silver, claro. Mas, é uma decepção muito grande, então só acontecendo mesmo para saber. Acho que se eu descobrisse alguma história grave do meu pai, talvez a revolta me levasse a agir como a Diana. Enfim, acho que ela agiu bem para a sociedade.”


Rodrigo Lombardi, o Zoltar

 

“É difícil falar quando isso não aconteceu a você. Lógico que como cidadão eu vou responder que sim, mas é duro quando a gente ama alguém. Se até um casal que se ama, quando há uma traição alguém perdoa e consegue voltar, pois nós não mandamos no coração da gente, então depor contra o próprio pai é muito difícil. Mas eu acho que o entregaria, apesar de sofrer muito em vê-lo numa situação dessas.”

 

Julia Sabugosa, a Carmencita

 

 

“Julgando o caso dela, eu acho que a Diana teve razão em entregar o pai, porque também estava protegendo o marido depois de descobrir que o pai não valia exatamente o que ela pensava. E também pela decepção, afinal, ela sempre confiou e acreditou nele, defendendo-o perante todos. Então, apesar da tristeza, foi a melhor opção dela. E é por todos esses motivos, que no lugar dela faria a mesma coisa. Sou a favor da verdade sempre, mas graças a Deus meu pai não é mau como o Paul Bullock.”

 
Roumer Canhães, o Absurd

 

 

“É uma sinuca de bico esse negócio, pois de um lado tem aquela coisa do coração, do afeto, da família, que está ali bombando; e do outro, a ética, a sua moral e os seus valores gritando também na sua cabeça. Eu não sei se eu seria politicamente correto nessa situação, não. Eu acho que me omitiria nesse caso, não ajudaria o meu pai, mas também não colocaria mais lenha na fogueira.”

 

E você, o que faria? Dê sua opinião na enquete logo abaixo!

Mais um galã!

Marcos Pasquim traça o perfil de Jake, xerife e melhor amigo de Ben Silver

 

 

Após seu sucesso como vilão em A Lua Me Disse, Marcos Pasquim está de volta à telinha. Mas desta vez o personagem do ator não é nem de perto parecido com o seu anterior, o Tadeu. Muito pelo contrário, ele agora encarna um homem da lei: o xerife de El Perro, Crazy Jake. "O meu personagem é o melhor amigo de Ben Silver, que vai ajudá-lo na sua caminhada até o final. Os dois foram criados juntos na rua, mas se separaram na vida. Ele tentou dar o golpe do baú em uma dama, Fiona, casando-se com ela, porém mais tarde descobriu que o sogro dele era um picareta", conta.
 

 

 

Estilo e atitude!
De visual novo e empolgado com a sua participação, Marcos Pasquim revela como se preparou para viver Jake. "Eu apenas deixei o bigode crescer e assisti alguns filmes de faroeste para pegar a expressão corporal dos cowboys", relata. Em relação ao ritmo alucinante das gravações finais da novela, o ator garante que já se adaptou e está se divertindo muito. "Eu já conhecia a maioria das pessoas. Mesmo assim, entrar nas últimas semanas é complicado, porque você demora umas três cenas para pegar o ritmo, mas depois já era", explica Pasquim, animado.

 

 

Eles não perdem uma piada!
O cara acabou de chegar e já está super entrosado com o elenco! Quem vê Marcos Pasquim e Bruno Garcia juntos tem a impressão de que eles são melhores amigos também fora da novela. Engraçados e espirituosos, os dois não perdem a oportunidade de fazer uma "palhaçada" no set de gravação. Não é preciso nem dizer que a galera adora e cai na gargalhada!

Agora é só esperar e conferir o astral e as aventuras que essa dupla vai aprontar nos próximos capítulos.

Conheça mais sobre um saloom!

O que seria de Vegas e suas meninas, de Ben, das Naides e até mesmo de Diana – que agora não perde mais uma boa noitada! – sem o saloon de Albuquerque? Seja para conversar com os amigos, fazer uma farra, afogar as mágoas, jogar ou trabalhar, é pra lá que eles vão!

A palavra “saloon” tem origem francesa (salon, que significa salão) e é como ficaram conhecidos os restaurantes típicos do Velho Oeste. Assim como os boêmios de Bang Bang, os habitantes das terras dos caubóis também tinham este tipo de estabelecimento como o melhor lugar para espairecer. Em qualquer cidade, região ou vilarejo, o saloon era o centro de encontro e divertimento. Eram uma espécie de templo da boemia do Velho Oeste! Além de fazer a alegria do povoado local, era também onde os viajantes empoeirados se refaziam de suas longas jornadas além, é claro, de ser palco para inevitáveis brigas entre alguns de seus frequentadores. O soalho e as mesas de madeira e os cartazes que estampavam os bandidos procurados assim como os quadros com nós de marinheiro pendurados nas paredes eram alguns dos fundos que serviam de cenário para estas tabernas do faroeste. Confira o que mais não podia faltar num autêntico saloon do Velho Oeste!

Can-can
A dança pra lá de sensual que já foi encenada diversas vezes pelas meninas de Vegas Locomotiv tem origem na França do século XIX e é o show oficial dos saloons! A clientela toda aguardava ansiosamente à mostra de belas pernas que a coreografia proporcionava. Os passos eram basicamente jogar as pernas o mais alto possível, além da clássica levantada do vestido, o que chocava os puritanos e levava o público masculino ao delírio!

Pôquer
As rodadas de pôquer eram a distração certa para os freqüentadores dos saloons. Caubóis, fazendeiros e forasteiros passavam horas com as cartas à mão apostando, blefando e, claro, passando para trás os jogadores mais inexperientes. Depois ninguém entende porque volta e meia um gaiato era expulso a ponta-pé do estabelecimento!

Bar
Um saloon sem bar definitivamente não é um saloon! Os homens dos vilarejos se reuniam em volta das mesinhas e enchiam e esvaziavam suas canecas até não poder mais. Isso sem falar que sempre tinha um de bem com a vida que pagava uma rodada pro resto do pessoal. Atrás do balcão, o clássico barman com uma toalhinha branca repousada num dos ombros tratava de servir os caubóis ávidos por uma boa e forte dose de bebida. Tanto que “caubói” virou sinônimo de bebida sem gelo, ou seja, coisa pra macho de verdade!

Pianista
Assim como Sam, o personagem vivido por Luiz Melodia, para dar ao saloon um clima ainda mais animado, havia sempre um bom pianista de plantão. Era ele o responsável pelo fundo musical tanto ambiente quanto o dos shows de can-can, por exemplo.

Mesinhas com todo tipo de freguês
Frequentadores assíduos ou esporádicos, viajantes, mulheres bonitas, forasteiros, pistoleiros... Eram tantos e tão diversos os fregueses dos saloons, que toda essa multiplicidade tornava o lugar um berço de idéias e de grandes amizades, amores e inimizades, ou seja, um verdadeiro point no meio do Velho Oeste!

A porta-balcão
Cenas emblemáticas como a de um mocinho abrindo as portas do saloon para acertar as contas com um bandido, que depois é devidamente expulso do local a ponta-pé deixando as abas da portinha de madeira balançando pra fora e pra dentro está presente em qualquer filme de faroeste. A porta “vai-e-vem” em questão é um tipo de porta-balcão e é o símbolo mais recorrente quando se fala em saloon do velho oeste!

ENTREVISTA: BRUNO GARCIA

Se em ritmo acelerado por conta das gravações dos últimos capítulos de Bang Bang Bruno Garcia já é figurinha difícil dando bobeira pelos corredores do estúdio, que dirá então dando o ar de sua graça à toa pelas ruas. Mas a dedicação total e exclusiva à novela não é uma circunstância recente. Durante esses quase sete meses de gravações diárias, o dia-a-dia não foi sopa para o protagonista, que mergulhou com tudo no universo do personagem! Aproveitando uma pequena brecha entre as gravações, Bruno contou como foi fazer parte desta trama à la velho oeste. Confira!

Quais tipos de cena você mais gostou de gravar em Bang Bang?
“Adorei fazer as externas porque era onde a gente mais vivia o astral e o universo do bang-bang. Contracenar dependendo da ação dos cavalos e fazer cenas com diálogo, montando à cavalo e em movimento era muito bom. E, sobretudo, adorei as cenas de texto com o Mauro Mendonça.”

Do que você mais gosta nessa estética faroeste?
“É sempre atraente essas coisas das botas, do chapéu... São indumentárias que têm uma função. Gosto muito dessa moda pelo lado funcional que ela tem: usa-se chapéu porque faz sol, usa-se botas para se defender dos animais peçonhentos que tem pelo caminho, e por aí vai.”

O Ben é um personagem que tem muito de comédia nos diálogos e na maneira de falar. Qual foi a sua escola para a comédia?
“O palco é a minha escola e a que recomendo para todos. Apesar de termos ótimas escolas de interpretação, nada substitui uma temporada de teatro.”

Qual a vantagem de se fazer o mocinho?
“Fazer o mocinho é fazer o personagem mais previsível da novela: é aquele que vai acabar com a mocinha e que é o justiceiro. O desafio é dar uma cara naturalmente dinâmica para um personagem que é estritamente para ser a mola mestre de um folhetim. Levar um protagonista é uma situação bem mais desafiadora. Essa é a vantagem para o intérprete. Daí vem o prazer, senão não teria graça.”

Durante todos esses meses, o que você recebeu de comentários do público sobre o Ben?
“Não consegui ver muito esse retorno porque esse tempo todo a gente gravou muito. Vejo esta situação como a de um astronauta, confinado numa estação espacial. O horário de gravação é muito intenso, tive muito estudo e saí poucas vezes. Mas dessas poucas vezes que tive a oportunidade de sair, vi que o personagem agradou muito. Nas ruas, sinto que o Ben virou um herói, principalmente para as crianças.”

Qual foi o momento mais marcante pra você em Bang Bang?
“Gravar no deserto do Atacama, no Chile, foi sem dúvida inesquecível. As condições climáticas de lá foram muito inspiradoras. Apesar de em Albuquerque fazer muito sol, também faz muito frio. Se a gente não tivesse essa medida, graças aos dias que passamos no Atacama, seria difícil acreditar. Mas no deserto é assim mesmo.”

Trambiqueira com carinha de anjo

Fernanda Rodrigues fala de sua participação especial como Daisy

 

 

 

Ousadia e bom humor foi o que mais impressionou Fernanda Rodrigues em sua rápida passagem pela novela. A atriz está interpretando Daisy na trama, uma moça trambiqueira, de aparência virginal, que irá passar a perna em Ben Silver e Paul Bullock. Segundo a carioca, está sendo muito divertido representá-la. "É uma loucura, porque a Daisy tem uma carinha angelical, mas na verdade é uma vigarista que vai aprontar altas trapaças com os dois", adianta

Para construir a personagem, Fernanda conta que usou a sua intuição. "Na verdade, eu tive pouco tempo para criá-la, então segui a minha intuição baseada nas coisas que a direção e o autor me pediram. O figurino também me ajudou bastante a entrar no clima, pois ela é uma sacana vestida de fofa", relata.

Embora esteja só de passagem, a atriz garante que está sendo uma experiência ótima participar da novela. "Eu sempre achei a novela muito ousada por ser diferente, totalmente contrária aos padrões que a gente está acostumado a ver na TV. Por isso estou amando fazer parte dessa produção, conhecer um pouco da história, das personagens, da galera, etc.", afirma.

Fernanda ainda acrescenta o bom humor do elenco no estúdio, que descontrai e contagia a todos. "Apesar do stress de gravação, todos mantém o bom humor. E isso é fundamental, porque se não fosse assim, seria mais difícil. Rir faz sempre muito bem!", diz. 

As Naides vão deixar saudades!

Kadu e Evandro abandonam as perucas e os trajes femininos para viver os irmãos Denílson e Edílson

 

 

 

Se depender de Billy The Kid e Jesse James as Naides estão com os dias contados. Desde que eles descobriram que ninguém se lembra mais dos lendários bandidos do velho oeste, a dupla decidiu voltar à ativa e marcar novamente os seus nomes na história com muita aventura, ação, romance, humor e, é claro, Bang Bang. Então, para realizar tal façanha, os dois se disfarçaram de irmãos das Naides: Denílson e Edílson, pois só assim voltariam a ser homens e sem serem descobertos. E agora? Será que não vamos ver mais Henaide e Denaide na novela

Kadu Moliterno, que interpreta a Denaide, acha que não. Segundo o ator, as bondosas e engraçadas senhoritas deverão variar com os irmãos. "Eu não sei o que vai acontecer daqui para frente, mas pode ser que seja isso. Uma hora elas, outra eles e por aí vai", arrisca. Já Evandro Mesquita, que faz a Henaide, diz que se as Naides sumirem da trama vai ser difícil para ele, porque se apegou muito as personagens. "Eu jamais pensei que fosse falar isso, mas eu vou sentir saudades. Gostei muito das duas", garante.

Saudades à parte, Kadu adianta que Denílson e Edílson prometem armações ilimitadas. "Acho que os irmãos vão ser como guardiões do bem de Albuquerque. Eles vão andar a cavalo, dar tiros, matar bandidos, enfim, defender a cidade. Além de serem muito engraçados também." Bem, só nos resta agora esperar para ver o que essa dupla vai aprontar na telinha!

ENTREVISTA: DANIELE SUZUKI

Na pele de Yoko Bell em Bang Bang, Daniele Suzuki mostra-se pau pra toda obra nos bastidores das gravações: “Sou eu que faço a chapinha no meu cabelo e a maquiagem também! Gosto de fazer”, revelou a atriz. Mas este traço multifacetado de Daniele não se restringe apenas ao trabalho. Apesar da fisionomia nipônica que os olhinhos puxados e os cabelos pretos e lisinhos entregam, o DNA dessa japonesinha também é de uma multiplicidade só! ”Meu pai é brasileiro, mas é filho de japonês de pai e mãe. Minha mãe é filha de índio com italiano. Meu avô era alemão. É a maior mistura!”, conta a atriz. E foi por conta destes genes nada orientais que ela ostentava lindos cachinhos na infância: “Quando pequena, meu cabelo era todo enroladinho. Mas as pessoas não acreditam nisso!”, disse ela. E a prova de que esta é a mais pura verdade está na imagem acima, onde há fotos do arquivo pessoal da atriz quando criança! Trabalho, sucesso, namoro e muito mais Daniele Suzuki contou num bate-papo antes de mais um dia de gravação na cidade cenográfica da novela, no Projac. Confira!

Quanto mais ação, melhor!
“As cenas que mais gosto de fazer em Bang Bang são aquelas que têm ação e aventura, do tipo pular uma janela. Tive uma com a Giulia Gam, em que a gente tinha que carregar um morto. Queríamos roubar o dente de ouro do cadáver, então a gente o carregava de um lado pro outro e o jogava nas costas, disfarçando que ele estava vivo. Amei fazer!”

O humor corre nas veias
“O tom de comédia que dou à Yoko é muito intuitivo. Eu, particularmente, prefiro fazer comédia. Estou adorando interpretar a Yoko. Está funcionando muito bem com o (Ricardo) Tozzi, o Harold, que também está muito engraçado.”

Sai a menininha, entra o mulherão
“O que já escutei de bacana sobre este trabalho, é que a personagem é muito diferente da Miyuki, que interpretei em Malhação. Isso é bacana porque as pessoas me viam muito adolescente, muito menininha. A personagem está agradando. As pessoas que vêm falar comigo falam que estão gostando, que está muito engraçado. Fico muito feliz. Estou começando a carreira, tenho que aprender muita coisa ainda. É bom quando você consegue fazer um trabalho atrás do outro com personagens que funcionam.”

Yoko arrasa no visual
“Sempre falam que o figurino da Yoko é lindo e que é um dos mais bonitos. Adoro esse figurino. Ele é uma mistura do oriental com o ocidental e ao mesmo tempo em que é todo coberto, é sexy. Acho um trabalho bárbaro da Marie (Salles) e do Antônio (Medeiros). No dia-a-dia, não uso essa moda oriental. Quase não tenho nenhuma blusa japonesa. Meu namorado até me deu um daqueles quimonos japoneses, que ele trouxe da China, mas nem uso muito porque é muito quente pro clima da gente.“

Nada de exaltações
“Não sou tão explosiva quanto a Yoko. Ela bate no Harold e isso é um pouco over. Apesar de que os dois se merecem. Nenhum deles faz por onde. Então, na verdade, um não pode cobrar nada do outro.”

Namorar homem bonito é um problema!
“Eu não teria um namorado como o Harold que vira lobo e aí pega a cidade inteira. O que meu namorado e o Harold têm em comum é que os dois são cobiçados. A dica nessas horas é 100% paciência e 100% tolerância. Você tem que agüentar muita coisa, não só do assédio, mas das próprias amigas que passam do ponto. Tanto as minhas quanto as dele. E você tem que saber até onde ir pra não passar do limite e ficar maluca, né? Porque ciúme sempre tem. Principalmente nesta profissão.”

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ENTREVISTA: CAROL CASTRO

Em Bang Bang, ela é a bela moça que disputa o amor de Ben Silver com Diana. Para contar o que está achando da experiência no Velho Oeste das telinhas barsileiras, Carol Castro bateu um papo com os internautas no Vídeochat da Globo.com. Apesar da imagem de símbolo sexual, a intérprete de Mercedita vê a possibilidade de posar nua com cautela e garante que tem os sonhos românticos de toda mulher como se casar e ter filhos. Veja abaixo o que mais os internautas perguntaram e ela respondeu nesta conversa para lá de descontraída!

O que você achou da temática Velho Oeste? 
Estou adorando, porque sempre quis fazer época. Para mim está sendo muito legal.

Na novela, você faz parte de um triângulo amoroso. Isso já aconteceu com você na vida real? 
Graças a Deus não. Óbvio que já fiquei com um cara e depois descobri que ele tinha namorada, mas cortei logo.

Você tem algo em comum com a Mercedita?
Tenho a força que ela tem. Às vezes, quando você faz um personagem, conhece um lado seu que era desconhecido. Com a Mercedita estou trabalhando um lado mais forte, de fibra.

Com que idade você descobriu que gostava de interpretar?
Foi cedo porque meu pai sempre foi ator e chegou a fazer alguns trabalhos aqui na Globo. Desde pequena, minhas brincadeiras eram em torno desse universo mágico que é a arte em geral. Tive uma vida meio cigana, porque morei em Natal, RN, e em Bauru, SP.

É verdade que você fez faculdade de dança? Por que resolveu trocar de profissão? 
É verdade! Sempre gostei de dançar, desde pequena. Fiz jazz, balé e ginástica olímpica. A primeira vez que fiz vestibular foi para jornalismo. Mas comecei a não gostar e fiz dança. O objetivo era eu sair professora de dança. Só que comecei a gravar e tive que deixar de lado.

Quais dificuldades você tinha no começo da sua carreira que não têm mais hoje?
Acho que a insegurança do início. É o medo de errar, de dar trabalho para os mais experientes.

O que muda com a fama?
Acho que a privacidade. Querendo ou não, você tem que estar disposto a dividir sua vida com as pessoas. Elas se sentem, de certa forma, ligadas a você. No começo é meio assustador. Hoje já aprendi a lidar melhor.

O que você faz para manter a forma? É verdade que você só come comida natural?
É, em parte. Não como carne vermelha. Já tive uma educação bem natural desde criança. Cheguei a comer carne vermelha por um tempo, mas não como mais. Tenho sorte de não gostar de cerveja e fritura.

Você desfila no carnaval há quanto tempo? Como é ser rainha da bateria? 
Vai ser minha segunda vez. É uma experiência surreal. É como pular de pára-quedas: tem que experimentar, não dá para descrever. Fui muito bem aceita na comunidade, acho que eles viram que fui para acrescentar. Sempre gostei de samba desde pequena.

Você faria um ensaio nu?
Não digo que nunca faria um nu, mas para mim é bem mais delicado. Já senti uma certa diferença em alguns homens me olhando, como se estivessem me comparando com as fotos que já tirei. Acho delicado.

Você tem quantas tatuagens?
Tenho duas. Crianças, não façam isso em casa! A primeira fiz com 10 anos. Tenho uma na perna, uma pequena águia, e uma na barriga, que todos já devem conhecer.

É vaidosa?
Depende do dia. Sou vaidosa, mas não exageradamente. Tive que aprender agora a ser vaidosa por causa da novela. Eu não usava muito maquiagem.

Qual a chave do seu sucesso?
Não sei. Acho que sempre ser eu mesma. Tem gente que deixa subir à cabeça e viaja. Tem que ser o mais humilde possível, subir cada degrau por vez. Tem que ir construindo e sempre fortalecendo a base. Isso para mim é até difícil, porque tenho a ansiedade da juventude.

Qual o seu maior sonho?
Ser mãe. Apesar de ser nova, sinto que vou ser mãe cedo. Quero me casar, ser uma mãe maravilhosa, ter uma casa de praia e uma profissão estável.

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ENTREVISTA: SIDNEY MAGAL

Para encantar o público com o carisma e a simpatia de Zorroh, o herói aposentado de Bang Bang, Sidney Magal não mede esforços e abusa de seu profissionalismo na hora de ostentar – com muita propriedade, diga-se de passagem  - uma indumentária que começa numa bota de salto alto, passa por calça, colete e lenço no pescoço e vai até uma capa imensa para finalizar. Isso sem falar da inseparável máscara preta. Tudo isso debaixo do sol carioca que beira os 40°C! Ainda assim, a paixão e o entusiasmo com que o cantor e ator se dedica ao trabalho só podiam mesmo resultar num grande sucesso, que atinge pessoas de todas as idades: das crianças aos idosos, como ele mesmo afirma. Confira o que mais disse Sidney Magal nesta entrevista entre uma cena e outra da novela num dos camarins do estúdio D, no Projac:

O Zorroh tem algo do Sidney Magal?
É inevitável. Geralmente venho com uma vontade muito grande de deixar o meu personagem maior, que é o Sidney Magal, do lado de fora. Mas quem escreve a novela não consegue se ver livre disso. No Zorroh, achei que poderia trazer tão somente a minha alegria e descontração, mas de repente já cantei um pedaço da música ‘Tenho’ em cena. Então, esses trejeitos do Magal acabam entrando no personagem independentemente de qualquer coisa.

O que você trouxe de sua experiência como cantor para dar vida ao personagem?
Trago tudo: a seriedade com quem faço as coisas, o grande compromisso que tenho com o público de dar o melhor de mim e de ser, dentro do possível, disciplinado. Porque não sou nada disciplinado na minha vida pessoal! Mas tanto na minha vida quanto como cantor, cumpro sempre os meus horários nos shows. Nunca faltei a show por motivo nenhum, a não ser por doença. Isso me fez acertar em fazer novela: o compromisso de saber que atrás daquelas câmeras tem um público enorme que está sempre de olho em você. Então, o que eu trouxe foi a seriedade e o tesão em fazer as coisas. Não faço nada que eu tenha pouco tesão e o Zorroh estou fazendo com muito tesão.

O que você prefere: cantar ou atuar?
As duas coisas se completam, porque atuar dá uma experiência muito grande. Você convive com muitas pessoas, coisa que na minha carreira de cantor não dá porque você é muito solitário: convive com a sua banda e olhe lá. E, ao mesmo tempo, a carreira de ator é árdua e muito mais violenta do que a de cantor. Está sendo um exercício de disciplina e de profissionalismo e acho isso muito legal. Agora, jamais deixaria de cantar porque é muito melhor, muito mais fácil, muito mais bem remunerado, muito mais tudo!

Já se acostumou com a indumentária do personagem?
É difícil se acostumar! A máscara, por exemplo, está me fazendo marcas pretas no rosto de tanto que a uso no sol! Brinquei que, quando terminar a novela, no verão que vem pela frente, vou estar marcado com uma máscara impressa no meu rosto. O calor realmente é muito grande. Quando acaba a gravação, tiro a roupa correndo e fico pelado pelo menos uns três minutos dentro do camarim pra me recompor. Mas, sem dúvida, é um figurino lindíssimo.

Há meses interpretando um barbeiro, você tem alguma intimidade com a tesoura?
Quando eu estava em Salvador, o Ricardo (Waddington) disse: ‘Ele é um barbeiro, precisa ter certa intimidade com a profissão’. E eu nunca tive. Então, fiquei uns vinte dias com o meu cabeleireiro, que corta o meu cabelo em Salvador, pra ele me ensinar como manusear a tesoura, mexer numa navalha e passar o pincel pra fazer uma barba. Tudo isso foi o meu pequeno laboratório. Foi o que pude fazer pra ajudar o personagem porque eu não tinha a menor idéia de como me portar e fica muito falso você ter que mexer nessas coisas sem saber o que fazer.

E a dobradinha com o Eliezer Motta?
Adoro. Ele é uma pessoa encantadora, com um bom humor extraordinário e está muito acostumado a fazer humor. Então ele usa ‘cacos’ na hora certa e faz a gente se empolgar. Sem dúvida nenhuma, foi um grande presente.

Como tem sido a repercussão nas ruas?
Houve uma época, no início da minha carreira, em que o publico era muito dividido. Havia aqueles que não gostavam muito da musica que eu cantava, dos meus trejeitos, da minha performance, das minhas roupas etc. Hoje, depois  de trinta anos de carreira, o que vejo é um respeito e uma admiração muito grande. É um público muito bem conquistado e por isso mesmo a reação nas ruas é uma brincadeira. Fazem o ‘Z’, perguntam: ‘Cadê a espada, Zorroh?’. Mas sempre na base da brincadeira e eu aceito perfeitamente.

Quais os seus planos para quando a novela terminar?
Não faço planos, tudo o que rolou na minha carreira foi sempre espontâneo, a convite dos outros. Acho que o grande mérito do artista é ser convidado. O prazer é muito maior.

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ENTREVISTA: THALMA DE FREITAS

Ela não nasceu na Bahia, mas tem mostrado melhor do que ninguém o que é que a Baiana tem lá pelas bandas de Albuquerque! Thalma de Freitas, a intérprete de Baiana, está mais do que à vontade para interpretar a brasileira de sotaque arrastado e magníficos dotes culinários. Numa conversa com os internautas pelo videochat da Globo.com, ela contou que é fã da personagem e promete: vai aprender a preparar as deliciosas cocadas que fazem tanto sucesso na terra dos caubóis! Confira os melhores momentos deste bate-papo:

Você é a pimenta baiana nesse caldeirão que é Bang Bang?
Mas é claro! Eu diria que eu me divirto muito. A Baiana está mais para um saco de risadas do que para uma garrafinha de pimenta. Entre uma fala e outra, geralmente, estou rindo.

O que você está achando de interpretar a Baiana?
Estou amando. Ela é a que mais me deu trabalho. Carregar essa cabeleira não é fácil, principalmente no calor. Mas, ao mesmo tempo é lindo. A personagem é linda. A primeira vez que fiz prova de figurino quase chorei. E como dou mais valor ao tempo presente, a mais marcante é a Baiana mesmo. Ela é linda mesmo. Sou fã da Baiana.

O que você tem em comum com sua personagem?
O cabelo, minha paixão por tranças, dendê e cocada. Não leio búzios, mas eu lia tarô. Temos isso em comum, o contato com o mundo espiritual. Eu sempre levo muito de mim para os meus personagens. Em televisão, você sempre se doa muito.

Trabalhando na novela sobra tempo para se dedicar à música?
Claro. Dá tempo de tudo. Às vezes não dá tempo de dormir, mas e daí? Somos novos!

Com quantos anos você iniciou sua carreira de atriz? Qual a mensagem que você deixa para os jovens que também querem ser atores?
Eu comecei com 14 anos, estudando teatro em São Paulo. Nessa mesma época, comecei a fazer comercial porque não tinha dinheiro para pagar o curso. A vida foi me levando. Todas as oportunidades que tive, procurei agarrar. Sugiro aos jovens que queiram ser artistas que façam o mesmo. Estudem e se dediquem para quando a oportunidade vier você poder bancá-la.

Como é contracenar com o Kadu Moliterno e com o Evandro Mesquita?
É de rolar de rir. Às vezes, tem que parar a cena no meio porque estou rindo. Estou completamente apaixonada por eles, no quesito amizade mesmo. Eles são incríveis e são lindos.

Quais são seus planos para o futuro?
Não faço planos para o futuro. Não sou eu que me navego, quem me navega é o Maior.

Você sabe fazer uma cocada tão gostosa quanto a da Baiana?
Infelizmente, não sei fazer cocada. Mas vou aprender. Não sei fazer nada de comida baiana. Só sei fazer arroz integral, comida japonesa e coisas grelhadas. Essa comida baiana dá muito trabalho. Não sou desse tipo de dona-de-casa.

De onde veio o nome “Thalma”?
Meu pai inventou esse nome. Ele diz que apareceu na cabeça dele uma semana antes de eu nascer. Era para eu me chamar Alexandra, mas uma amiga do meu pai botou esse nome na filha uns quatro meses antes e eu fiquei sem nome. Um dia, meu pai chegou em casa e disse: “Que tal Thalma?” E minha mãe: “Com h depois do T, né?”. Descobri que Talma, sem “h”, significa um sentimento que você tem quando descobre algo, quando cai a ficha. E eu adoro esse sentimento!

Existe diferença entre atuar no teatro e na televisão? De qual você mais gosta?
Toda a diferença do mundo. Televisão você está no estúdio, você atua para a câmera, pode errar e voltar. No teatro, tem bem menos gente e você leva meses ensaiando. É diferente, é outra história. É a diferença entre correr e nadar. É exercício do mesmo jeito, mas é muito diferente. Não prefiro um ao outro. Gosto de muita coisa, não sou limitada nas minhas paixões.

Como você gosta de se vestir geralmente?
Estou gostando muito de vestido, gosto de roupa esportiva. Ultimamente tenho comprado vários vestidos, uns 30: mais da metade deles em brechó. Mas mando fazer roupa também. Gosto de tecido orgânico, algodão, seda e linho.

Como você cuida do seu aplique capilar?
Dá um trabalho. A cada dez dias, refaço a parte da frente e a cada mês e meio tiro o cabelo todo e coloco todo de novo. Dá um trabalho louco.

Você tem algum ídolo? E para qual time você torce?
Não tenho ídolos. O mais parecido com ídolo que tenho é Jesus Cristo. E torço para o América. Mas em São Paulo sou são-paulina! O melhor time do mundo!

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ENTREVISTA: RICARDO WADDINGTON

O estúdio seria entregue na semana seguinte e o diretor de núcleo Ricardo Waddington acompanhava atento a movimentação da equipe. Entre uma gravação externa e outra, ele aproveitava para fazer testes de cabelo, maquiagem, figurino. A correria não impedia o olhar minucioso. À frente da primeira novela western da TV Globo, Ricardo foi aos poucos dando o clima faroeste perfeito à trama de Mario Prata. Bang Bang é mais um projeto ousado do diretor que coleciona sucessos na televisão. Levam sua assinatura produções como Por Amor (1998), Laços de Família (2000), Presença de Anita (2001), Mulheres Apaixonadas (2003), Cabocla (2004), Mad Maria (2005) e Malhação, que completou em abril 10 anos no ar.

Como define Bang Bang?
Costumo dizer que estamos fazendo uma novela abusada. Mario Prata se apropriou do universo faroeste, trabalhou com personagens clássicos da literatura e do cinema e criou uma grande brincadeira. A partir de ícones do bangue-bangue, ele faz uma sátira do Brasil e traz situações contemporâneas para aquele momento da história.   

Este é o primeiro western da TV Globo. Quais as referências para recriar na telinha este universo?
A nossa referência é toda do cinema. Estamos trabalhando com o faroeste que os filmes americanos nos venderam. Não há intenção de reproduzir o western propriamente dito. Partimos deste universo filtrado pelo cinema e atribuímos um olhar nosso, com uma certa latinidade. Meu compromisso é com a trama do Mario Prata. Queremos fazer uma novela com a cara da gente. Não existe “western espaguete”? Então, o nosso é “feijoada”!

As gravações da novela começaram no Chile. Como foi a escolha da locação ? 
Primeiro fui aos Estados Unidos pesquisar algumas locações, mas achei que gravar lá não seria muito bom. Pareceríamos americano fazendo carnaval! A idéia não é reproduzir exatamente o universo deles, mas sim atribuir uma leitura nossa. Assim achamos o deserto do Atacama, no Chile, mais adequado a esta proposta. O lugar é deslumbrante. A paisagem é bonita, mágica e traz uma aquarela de tonalidades que a América do Norte não tem. Além de conferir um ar latino à história e às gravações muito interessante.

Você sempre faz workshops e leituras de capítulo com o elenco. Qual a importância desta preparação para a composição dos personagens em Bang Bang?
Essa preparação dos atores acontece sempre, mas precisamos de um trabalho mais completo, de um tempo maior, para fazer uma novela faroeste. Partimos de um universo muito específico para o elenco, bem diferente de como eles vivem ou da experiência que trazem de obras anteriores. As roupas, as lutas e até a montaria trazem traços distintos. É preciso, por exemplo, andar a cavalo com uma mão só e deixar a outra livre para laçar o boi. A novela tem também um pé no realismo e o worshop foi fundamental nesse sentido. Bang Bang é uma comédia, uma sátira, mas está longe de ser uma farsa. O público precisa acreditar na história e pensar que os personagens vivem daquela forma.

Você é conhecido por trazer novos rostos para a TV e temos vários exemplos disso em Bang Bang. 
Acho sempre que o elenco tem que acompanhar a história. A proposta de Bang Bang é singular e me permitiu, até me exigiu, um casting incomum. Foi uma delícia de fazer! Precisávamos de pessoas diferentes para dar credibilidade aos personagens. Assim, surgiu a idéia de trazer atores que não estão normalmente na mídia ou artistas que não costumam atuar, mas eventualmente têm alguma experiência, não sendo estranhos ao meio. Posso citar nomes como Paulo Miklos, Sidney Magal, Luís Melodia, etc
 
Fernanda Lima estréia nas novelas como Diana Bullock. Como a atriz foi escolhida? 
A Fernanda Lima passou pelo processo normal de seleção. Fez testes, participou de vários ensaios e, como qualquer outra atriz que mostra um bom trabalho, passou. Gostei tanto de sua interpretação que achei que poderia estrear como protagonista. Aliás, esta é uma idéia que tenho. Costumo lançar pessoas novas no papel principal como aconteceu com Vanessa Giácomo, Letícia Spiller, etc

Esta é a primeira vez que dirige uma novela do Mario Prata. Como está sendo a parceria? 
Ótima, muito feliz. Eu, Mario e Zé Luís Villamarin, diretor geral de Bang Bang, temos uma “temperatura” bastante próxima. O autor é extremamente criativo e espero que tenha fôlego para muitas outras novelas.

Como conheceu o projeto?
Este é um projeto antigo na casa, que já passou por muitas transformações. Primeiro se pensou num seriado infantil, depois num adulto e, por fim, numa novela das 19h. O diretor Luiz Fernando Carvalho o trouxe para a TV Globo, mas num determinado momento se envolveu com outras obras. Quando li a sinopse, me apaixonei completamente e pedi para fazer. 

Como é a trilha sonora da novela? 
A trilha sonora obedece à novela, ou seja, é abusada. Foge das escolhas comuns. Temos todo tipo de música: pop, rock, baladas, clássicos do western e até uma canção criada para a Diana Bullock pelo Black Alien, um rapper paulista que já participou do Planet Hemp. A trilha incidental é feita pelo João Paulo Mendonça e também tem uma proposta bem interessante. A inspiração está em todos os faroestes que ele assistiu. Os clássicos são visitados e trazidos para uma linguagem atual, com interferências eletrônicas e tudo. Como disse anteriormente, temos a preocupação de trazer o clima do western e não ele propriamente dito. 

"Que foi? Parece que nunca me viram?"

Catty muda e Fernanda Freitas tem que se adaptar a nova fase da personagem

 

 

Jeans agarradinho, barriga de fora, um botão aberto no decote, cabelos soltos e atitude para carregar isso tudo. MacMac, Néon e Penny vêem Catty se aproximando e ficam de queixos caídos. Já ela diverte-se e brinca com a situação:

"Que foi? Parece que nunca me viram?"

Pois é! Cansada de ser esquecida por todos, a pupila de Úrsula, que usava vestidos pretos até o pescoço e se dedicava de corpo e alma às orações a Deus, decidirá mudar radicalmente. A personagem de Fernanda Freitas vai deixar o terço de lado, soltar as madeixas e virar uma mulher pra lá de sensual. Dá pra acreditar? Mas é isso mesmo que irá acontecer. Essa será a nova Catty que você vai conhecer nos próximos capítulos da novela.

Construção da personagem

Para a atriz, é como se fosse uma nova personagem, com tudo diferente: maquiagem, cabelo, figurino, postura, jeito de falar etc. "Eu estou tentando encarar da forma mais simples possível, porque é uma mudança difícil e não deu nem tempo para me preparar. Então, ainda estou em um processo de descoberta e construção da minha personagem. Por fora, já mudou, mas por dentro, ainda estou me adaptando."

Apesar de já estar interpretando a Catty desde o início de Bang Bang, a paulista Fernanda confessa que sentiu um friozinho na barriga com a transformação de sua personagem. "A gente sempre fica meio ansioso com o que virá. Mas com certeza será uma coisa boa que vai acontecer pra ela, afinal, não pode ter vindo tanta mudança assim pra nada. Eu estou feliz e me divertindo bastante!"

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ENTREVISTA: ALINNE MORAES

Alinne Moraes tem encarnado com maestria sua personagem, a doce Penny Lane. A responsabilidade é grande, afinal, com o nome que remete à famosa música dos Beatles e contracenando com Ney Latorraca, as exigências se tornam maiores. A atriz tem acertado em cheio no tom e na forma como ela interpreta a jovem. Os cabelos, loiríssimo e com tranças, e as roupas, de tecidos floridos e esvoaçantes, mostram sua forte personalidade. Sem contar no ciúmes que sente de seu amado Neon Bullock!  Saiba como a atriz fez para compor a Penny Lane nesta entrevista exclusiva.

Como você fez para dar vida à Penny Lane?
Fiquei imaginando Betty Bubi, procurei um pouquinho de Marilyn (Monroe), um pouquinho de Mary Poppins, um pouquinho de tudo para ter uma noção maior do que fazer. Assisti ao “My Fair Lady”, que é quando a menina se transforma em mulher. Na verdade, a Penny é uma menina, é muito doce, é muito meiga. Ela gosta de ser mulher, gosta de maquiagem, gosta de unha bem feita, ela é muito vaidosa. E muito inteligente também. O óbvio seria que ela fosse inteligente, saidinha, tivesse uma voz imponente... Mas achei que tinha que dar uma outra marca para ela.

Fisicamente, você fez alguma mudança?
Clareei o cabelo porque penso nela muito clara, meio algodão, uma coisa gostosa. Pele muito clara, cabelo muito claro, uma boneca mesmo. A pinta eu já levei desde o primeiro dia. O Ricardo (Waddington, diretor de núcleo) me chamou e me falou um pouco sobre o personagem. Logo depois, pensei em fazer uma pinta. No primeiro dia que ele me chamou para ler a sinopse, eu já fui com a pintinha. É uma pinta que ela faz... Quero que tenha uma cena que mostre ela fazendo a pinta.

E o figurino da Penny ajuda a compor a personalidade dela?
Claro, tem tudo a ver. Ela vem da capital, ficou um tempo fora né? Voltou toda moderna... Suas roupas são super coloridas, muito floral, cintas. Trancinhas ao invés de fazer o cabelo cacheado, que era a proposta. Ia ser o cabelo mais cacheado, algo mais romântico e tal. Mas aí, a gente preferiu uma coisa mais moderna e diferente.

A novela é cheia de situações cômicas. Como você faz para lidar com isso?
Estou focando bastante no Ney, porque ela é muito próxima do pai. Os dois são muito parecidos. A mãe morre de ciúme da relação dos dois. É uma relação muito amorosa. Eu estou me aproximando muito dele para ver como ele está agindo. Ele é muito bom comediante! Ele joga o tom lá em cima e às vezes eu tento alcançá-lo, mas aí o diretor diz para eu diminuir o tom. Afinal, ela é mais menina, mais romântica e tal... 

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ENTREVISTA: MARISA ORTH

Marisa Orth tem sido responsável por arrancar boas risadas do público com a Úrsula Lane, em Bang Bang. Na entrevista abaixo, num dos camarins do estúdio D, no Projac, a atriz contou que contracenar com atores jovens e com quem não está muito acostumado a fazer novelas é uma delícia! Totalmente o oposto de sua personagem carola, Marisa abomina qualquer tipo de fanatismo religioso e espera, com a Úrsula, fazer uma crítica aos intolerantes de plantão. Veja o que mais ela disse neste bate-papo:

É verdade que você se inspirou na Perpétua, da Joana Fomm e na Dona Pombinha, da Eloísa Mafalda para compor a Úrsula? 
Não é que eu me inspirei. Uma personagem desse tipo, toda novela tem. Teve grandes beatas na história da teledramaturgia brasileira. E acho que grandes beatas foram a Perpétua e a Pombinha. Esse é um tipo de personagem que sempre ajuda a trama. E é muito legal eu fazer a filha da Joana Fomm, que fez a Perpétua. Ela me dá uns toques, é legal.

Como foi o processo de criação da personagem?
Foi muito rápido. Porque não era exatamente eu quem ia fazer essa escalação, houve uma mudança. Tive pouco tempo pra armar. O que me ajudou muito, muito, muito foi o figurino, a maquiagem e o cabelo. Esse personagem já tinha sido “parido” pelo pessoal da arte e pelo pessoal do figurino... Então, no que montou o “bicho” em cima de mim, meio que já veio assim. A roupa era muito boa com as golas, o cabelo preso, a sombra roxa e, claro, o texto.

O que você está achando de fazer Bang Bang?
O clima é uma delícia. É um elenco de pessoas queridas, de gente que está muito pouco acostumada a fazer novela. O pessoal vem com um frescor... Tem gente nova! É muito gostoso trabalhar com gente nova porque elas compensam a inexperiência com o tesão.

Como tem sido a repercussão com o público?
Tenho um desafio que é colocar outro personagem no lugar da Magda, que interpretei por seis anos. E estou muito satisfeita, porque o pessoal nas ruas já começa a me chamar de Úrsula também, além da Magda. Está sendo legal. Me chamam de “Urubúrsula”!

Assim como a Úrsula, você segue alguma religião?
Não. Meus pais me deram muita liberdade. Nunca fiz primeira comunhão. Minha mãe acredita que só se deve fazer primeira comunhão quando a pessoa já está consciente do quer, como comungar na religião católica etc. Fui criada assim. Acho que toda religião tem sua parte linda. Jesus, se existiu, coisa que acredito, deve ter sido realmente um homem bacanérrimo. Buda também, Maomé também. Cada religião tem um profeta original que é maravilhoso e no fundo eles todos falam basicamente da mesma coisa: paz e amor. O que se faz em nome do que esses queridos falaram é que é um pouco controverso. Gosto muito do princípio religioso. Digamos que sou uma católica de candomblé e budista. Uma típica brasileira.

O que você acha dessas pessoas fanáticas e carolas como a Úrsula?
Acho errado. Eu queria, com a Úrsula, fazer uma crítica geral a todo fanatismo religioso que é o que assola o mundo hoje. Há católicos fanáticos, judeus fanáticos, muçulmanos fanáticos e isso é a mais negra das ignorâncias. É um período de trevas horroroso. Tenho fobia de fanatismo. Guerras e guerras sendo deflagradas em nome de um Deus que não deve querer isso.

Você e a Úrsula têm alguma coisa em comum?
Sou um pouco controladora. Sou mulher, né? E ainda tenho um lado meio alemão: Orth.

O que causa em você o mesmo efeito do extrato de broxônia? E o que é para você como um banho de Afrodite?
Fanatismo, por exemplo, é uma coisa que me brocha completamente. Eu seria incapaz de ter alguma história com alguém que fosse cego religiosamente. Violência me brocha, mentira me brocha... Mau hálito e beijo ruim também me brocham! Um banho de Afrodite seriam todas as afirmativas anteriores ao contrário: beijo bom, hálito bom, uma pessoa que seja mais tolerante, que tenha uma cabeça boa e que não seja pretensiosa nas suas crenças.

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ENTREVISTA: RICARDO TOZZI

O desembaraço de um ator, a sensibilidade de um artista plástico e a seriedade de um executivo. Antes de cair de cabeça no velho oeste de Albuquerque, Ricardo Tozzi, que vive Harold na trama, passava a semana inteira engravatado e fazia aulas de teatro nos fins de semana. Mas da pintura abstrata de seus quadros ele nunca se afastou e até para o exterior chegou a vender algumas telas. Entusiasmado confesso com a vida e amante de seu personagem, Ricardo está nas nuvens com a participação em Bang Bang. Veja o que mais disse o ator numa entrevista entre os intervalos das gravações da novela e confira ainda uma amostra de suas telas clicando no link acima. As três imagens que você vai ver foram tiradas pelo próprio ator, de telas que ele tem expostas em casa!

Bang Bang é o seu primeiro trabalho como ator?
Na televisão sim. Nunca fiz nada muito profissional porque tinha outra carreira, a de executivo. Eu era diretor da Câmara Americana de Comércio, em São Paulo. Tinha dez anos de carreira e larguei há um ano pra me tornar ator. Fiz seis meses de Oficina de Atores da Globo e comecei Bang Bang.

Como foi a transição da carreira de executivo para a de ator?
Quando descobri que queria ser ator, tinha 25 anos. Hoje tenho 30. Fui me preparar fazendo teatro de final de semana numa escola de São Paulo, enquanto continuava com minha carreira de executivo. Quando me senti preparado foi que larguei e vim pro Rio tentar a carreira de ator profissionalmente.

Você também pinta quadros. Qual o estilo de suas telas?
São todos decorativos, bem contemporâneos, abstratos. Já fiz também acadêmico, mas meu estilo é bem abstrato. Procuro colocar a emoção, o que estou sentindo no momento. É sempre muito colorido porque gosto de manter o alto astral. Já vendi muito, até mesmo pra fora do Brasil e pra Europa. É que agora não estou pintando porque aqui no Rio de Janeiro não tenho ateliê.

O que está achando da experiência em Bang Bang?
É uma experiência maravilhosa. Amo fazer Bang Bang, amo! É uma novela desafiadora. Sinto com as crianças nas ruas e com as pessoas, como elas veneram a novela e o Harold. Sinto um prazer enorme de fazer essa novela, todo dia. Ela está na boca do povo, as pessoas adoram.

Como é a repercussão do personagem?
Nas ruas é uma loucura. O personagem está num momento muito bom, adoro a trama dele, adoro o texto dele, adoro o que o Lombardi preparou... Recebo muita generosidade na história do Harold. Divirto-me fazendo. As crianças adoram o Harold. O que realmente cativa no Harold é que ele não tem arrogância, é ingênuo. Chega a ser até um pouco inocente. Adoro: não tem malícia, não tem maldade, não tem arrogância.

Com qual aspecto da personalidade do Harold você mais se identifica?
Com isso de não ser armado pra vida. Identifico-me muito com a sensibilidade dele. Também gosto muito de paixão. Sou muito apaixonado pela vida, pelas pessoas, pela família. E vivo isso com intensidade, eu adoro.

Quando Harold vira lobo, ele é uma empolgação só. Na vida real, o que te faz ficar tão empolgado?
Sei que sou uma pessoa que precisa ter prazer no trabalho, esse é o meu estímulo. Já fui executivo, sou artista plástico e sou ator. Nessas três carreiras me entrego 100%, com muito entusiasmo.

Você acha que a carreira de executivo ainda tem volta?
Acho que não. Nunca vou deixar de ser ator, mas esses dez anos de executivo vão agregar na minha carreira de ator, produtor, diretor e de empreendedor da arte também.

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TATI MONTEIRO Fala sobre a novela

Ela mora nos EUA desde 1999 e já fez participações em várias novelas da Globo

Desde os cinco anos ela faz teatro e já fez participações em vários novelas da Globo – desde Que Rei Sou Eu até Esperança. Tati Monteiro é determinada! Convidada pelo diretor de núcleo Ricardo Waddington, ela foi escolhida entre doze meninas para viver a Elga.

Por conta do personagem, ela temporariamente fixou seu endereço no Rio de Janeiro. A atriz mora nos Estados Unidos, inclusive ela se formou na Broadway Dance Center. “Desde 1999 eu vou e volto. Amo o carnaval daqui. Quando fica frio lá, volto para passar Natal, reveillon, meu aniversário”, revela a jovem, que tem os cabelos castanhos, mas está ruiva por causa do personagem.

Tati não economiza elogios quando o assunto é a novela. “É uma família. É muito irmão, é muito amigo Tem os mestres: Ney Latorraca, Joana Fomm, Mauro Mendonça, Marisa Orth, que são super entrosados. A gente vive brincando! Nos intervalos a gente brinca de dicionário, perfil, fala besteira...”, revela.

A atriz, que tem o biótipo de mulherão fatal, conta que espera poder variar em seus trabalhos: “quem sabe uma vilã, ou uma moça recatada, toda quietinha, que quase não fala. Mas mesmo sendo sensual, as mulheres tem características e nuances que podem ser moldadas de diferentes formas. Então, sempre dá para variar. Estou sempre aberta para mostrar o meu trabalho!”, avisa.

entrevista: cris bonna

Cris Bonna conta tudo sobre Dorothy, que está dormindo há 20 anos

 

 

 

Cris Bonna não é totalmente desconhecida dos noveleiros. A intérprete da Dorothy fez uma participação em “Mulheres Apaixonadas” como a esposa do personagem do José Mayer. A participação foi curta, mas as imagens ainda ficam na memória. 
Desta vez, ela encarna uma mulher que está em coma há vinte anos. Conheça um pouco mais sobre a atriz e seu personagem.

- Como você entrou para o elenco de Bang Bang?
Foi o Mário Prata quem me convidou para fazer a novela, no começo do ano. Quando ele me falou que o personagem ia ficar em coma eu falei: Ai Mário, por favor, né? Porque na minha primeira novela, em Mulheres Apaixonadas, eu era a mulher do Zé Mayer. No primeiro capítulo era o meu enterro. É por isso que quero que a Dorothy acorde logo! Torço por isso.

- E como é ficar em todas as cenas de olhos fechados?
Às vezes eu até durmo, né? Já cheguei a dormir em uma cena. Numa cena do Freud conversando com Dong Dong. Tinha muita fala entre os dois, acabou que dormi.. Tenho até medo de dormir e de repente acordar meio sobressaltada no meio de uma cena. Imagina! (Risos).

- E você tem alguma técnica?
Já sei qual é a melhor posição para o olho, porque se não a pálpebra fica tremendo. Na cena em que o Dong Dong resolve hipnotizar a Dorothy, ele abriu uma pálpebra para ela olhar para o relógio. O segredo é sempre mirar em um mesmo lugar. Tem que ficar zen e encarar. Teve uma cena também em que ele me dava banho. Acho que essas cenas vão ficar lindas porque ele está mais emocional, está vendo a possibilidade dela acordar.

- Você torce para que ela acorde?
Quero que ela acorde, é claro! Por enquanto estou curtindo. Só dá uma certa ansiedade de querer participar da trama, participar da novela. De estar mais próxima do elenco todo, gravar na cidade cenográfica, participar da coisa como um todo. Conforme você vai fazendo, vai entrando mais no personagem.

- Como é a Dorothy?
Eu conheço o meu personagem pela fala dos outros. Por exemplo, tem uma cena em que a Viridiana pega na mão da Dorothy e fala: Será minha filha que você vai acordar? Que finalmente vou te ver correndo pelo pasto laçando bois? Eu pensei: Nossa, eu laçava bois, nem sabia disso. (Risos) Vez por outra descubro coisas sobre ela que nem imaginava. Eu penso: E quando ela acordar? Como vai ser essa mulher? Porque até então eu não sei como ela é. Só tenho pistas.

- Como é interpretar uma mulher que está em coma há vinte anos?
É engraçado porque eu achava que não era possível alguém estar em coma durante vinte anos numa casa sem estar ligada a aparelho nenhum. Num supermercado, encontrei uma mulher cuja filha está em coma há sete anos. A filha dela também está em casa e não está ligada a aparelho nenhum. Às vezes ela abre o olho, teve uma outra vez que começou a chorar, às vezes se espreguiça. Foi bom porque pude saber mais sobre o assunto.

- Como estão as gravações? 
As gravações estão ótimas. O pessoal está sempre brincando comigo dizendo que meu personagem é bom porque não tem fala. (Risos) Mas estou doida para ter bastante texto para decorar. Tenho ido para São Paulo todo final de semana. Estou fazendo uma peça lá, uma comédia, que se chama Caras e Bocas. Quem quiser ver a Dorothy acordada pode ir lá para conferir a peça. (Risos)

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